Google Mobile First Index: por que você deve estar atento a esse algoritmo da Google

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Os dispositivos móveis já são mais usados do que os computadores para acessar a internet. De fato, pesquisas recentes realizadas pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil comprovam que o uso exclusivo dos smartphones já ultrapassou o uso misto, especialmente nas classes D e E. E essa não é só uma tendência nacional, mas sim um fenômeno em escala global.

Pensando nisso, o Google lançou o Mobile First Index, um novo sistema de indexação de sites que valoriza de forma mais intensa os sites voltados aos dispositivos móveis. Para conseguir um bom ranqueamento no mecanismo de pesquisa, será mais importante que nunca adaptar o seu site para os smartphones. Caberá às equipes de marketing das empresas de todos os setores trabalharem na adaptação e otimização dos sites para dispositivos móveis.

Para ajudar você a entender o que é o Mobile First Index e por que você deve estar atento a esse algoritmo do Google, elaboramos esse pequeno guia explicando como ele funciona, por que você deve priorizá-lo e como adequar o seu site à ferramenta. Para começar, precisamos entender o processo de funcionamento das pesquisas do Google.

Como o Google indexa a minha página?

Para entender o mobile first index, é preciso entender o que são os mecanismos de indexação do Google. Para isso, vamos relembrar que o Google é como se fosse um atendente em uma loja, ou ainda um catálogo de produtos. Em vez de você sair procurando a informação que deseja em sites aleatórios da internet, o Google traz opções do que você procura de forma instantânea.

Para realizar essa pesquisa, porém, o mecanismo do Google passa por quatro etapas diferentes. São elas:

• • Rastreamento: nessa etapa, os bots do Google estão rastreando as páginas da internet em busca de links e palavras-chave que permitam que novas páginas entrem no index. Justamente por isso esses bots são chamados de indexadores.
• • Indexação: é como se fosse a formação do catálogo do Google. As páginas encontradas pelos indexadores são armazenadas no index do Google e ficam disponíveis para a busca.
• • Ranqueamento: processo interno do Google que decide quais páginas do index vão aparecer primeiro quando o usuário fizer sua busca. Isso está relacionado a vários fatores, inclusive adaptação ao mobile.
• • Busca: quando o usuário digita as palavras-chave, o Google acessa o index e traz as páginas armazenadas que tem relevância com o conteúdo buscado.

Portanto, para a sua página ser acessada a partir do Google, é preciso que ela passe pelo processo de indexação e seja bem avaliada no ranqueamento. Para isso foram inventadas as técnicas de SEO (Search Engine Optimization), que são aplicadas em páginas para garantir bons lugares na pesquisa.

Porém, o processo vem passando por uma grande mudança, acompanhando o aumento da força da internet móvel. É aí que entra o Mobile First Index.

Afinal, o que muda com o Mobile First Index?

O Mobile First Index afeta principalmente os processos de indexação e ranqueamento. Com a sua implementação, o bot do Google não se comporta mais como se estivesse acessando as páginas através do desktop, e sim por meio de um dispositivo móvel. Em outras palavras, o mobile virou prioridade.

Antigamente, os bots do Google avaliavam o ranqueamento por meio da versão desktop das páginas. A adaptação para os dispositivos móveis poderia ser um diferencial, mas não era o fator mais importante. Porém, isso começou a gerar alguns problemas.

Como as versões móveis dos sites costumam ser mais enxutas, podia acontecer de um resultado bem ranqueado pelo Google não oferecer a informação requerida se fosse acessado por um dispositivo móvel. Isso não era tão importante quando o acesso à internet pelos smartphones era menor, mas o crescimento da sua popularidade afetou a dinâmica.

Desde 2016, o Google já havia anunciado que testaria formas de priorizar os sites com boas versões mobile. Porém, o Mobile First Index começou mesmo a funcionar a partir de março de 2018.

Aos poucos, as novas páginas que vem sendo indexadas e ranqueadas já estão sendo avaliadas por esse novo critério. De fato, desde 2019 a indexação já é padrão para todos os novos sites que são indexados para o sistema. Mas o objetivo do Google é trabalhar com essa forma de indexação em todas as páginas de seu index.

Qual é o nível de impacto do mobile first index?

Essa mudança afetará todos os tipos de site. Porém, ela é particularmente importante para sites que trabalham com vendas ou oferecem softwares como serviço. Isso porque essas empresas dependem de um número bom de acessos aos seus sites para manter os negócios funcionando.

O Mobile First Index não significa que o mecanismo de pesquisa deixará de indexar versões desktop das páginas. Portanto, ainda vale a pena investir em estratégias de SEO e um bom design para a versão desktop. O que muda é que agora ficou mais necessário que nunca ter uma versão mobile-friendly também.

Portanto, caso você esteja percebendo uma queda no ranqueamento da sua página ou dos seus números no Google Analytics, o motivo pode ser justamente esse.

Se esse for o caso, está na hora de correr atrás da adaptação. Assim como as estratégias de SEO já são essenciais para aumentar os acessos do seu site, o Mobile First Index também será uma ferramenta importantíssima para aumentar sua visibilidade.

Por que devo ficar atento?

Você deve ficar atento às mudanças trazidas pelo mobile first index porque elas afetarão de forma significativa os novos acessos ao seu site. Contar com um bom posicionamento no Google é essencial, porque, na prática, o site é o único mecanismo de pesquisa utilizado pelo grande público. Portanto, é o melhor jeito das pessoas chegarem até o seu site.

Ignorar essa mudança na indexação do Google pode causar sério prejuízo para a sua empresa. Adaptar-se ao Mobile First Index é essencial porque garantirá que o seu site vai continuar em boas posições no ranqueamento do Google.

O impacto ainda continua grande?

O fato é que a chegada do Mobile First Index só aumentou uma necessidade já crescente do mercado online de se adaptar para os dispositivos móveis. Aos poucos, eles não só se tornarão mais importante nos mecanismos de busca como também nos mecanismos de compra e em todas as atividades da internet.

De acordo com dados divulgados pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil, já são praticamente metade dos brasileiros que utilizam exclusivamente os smartphones para acessar a internet. Confira alguns dados a seguir:

• Acesso à internet

O último censo divulgado pelo órgão mostra que 49% da população faz o acesso exclusivo dos dispositivos móveis. Outros 47% usam a internet tanto no smartphone quanto no desktop. O acesso exclusivo pelo desktop é feito por apenas 4% da população. Portanto, é mais essencial que nunca criar versões mobile das páginas.

• Acesso aos mecanismos de pesquisa

A preferência do público pelo acesso mobile se manifesta também na hora dos mecanismos de pesquisa. São 94% dos usuários que optam por fazer as pesquisas em seus smartphones ou tablets, e 77% delas são feitas em lugares com desktop disponível, como o escritório e a casa.

Por isso é tão importante garantir que o seu site esteja em uma posição mobile-friendly. Assim você não só assegura sua indexação no mecanismo de pesquisa do Google como também aumenta o número de acessos orgânicos.

Meu site está pronto?

A primeira coisa que você tem que fazer é descobrir se o seu site já está pronto para o Mobile First Index. Sites que foram pensados exclusivamente para desktop e não mudam o design nem os comandos quando acessados nos smartphones serão os mais afetados pela nova indexação.

Para saber a situação do seu site, você pode acessar a ferramenta de inspeção do Google, o Search Console. Com ele, você pode ver o seu site da mesma forma que o robô do Google o vê. O mecanismo oferece, ainda, sugestões de melhorias para melhorar o seu ranqueamento do Google.

Sites com um design responsivo já estão mais seguros e passarão mais suavemente pela mudança. Sites responsivos, via de regra são aqueles que mantêm o mesmo conteúdo, mas adaptam o design da tela de acordo com o dispositivo pelo qual estão sendo acessados.

O primeiro passo, portanto, é adaptar o seu site para que ele se torne responsivo. No entanto, apenas contar com um design mobile-friendly não será suficiente. É preciso otimizar o seu site para que ele traga uma boa experiência mobile para os usuários.

Como adaptar meu site ao mobile first index?

Existem diversas estratégias voltadas à otimização dos sites para a versão mobile. O site mobile deve, antes de mais nada, ser responsivo, ter fácil navegação e velocidade otimizada. Além dessas, algumas outras dicas podem ser seguidas na hora de melhorar a navegação pelo seu site em dispositivos móveis.

Confira os pontos mais importantes a seguir:

• •Otimize a velocidade de resposta

Quem acessa os sites através dos dispositivos móveis tem muito mais pressa do que quem faz o acesso pelo desktop. Na verdade, pesquisas apontam que 53% dos usuários não esperam mais que três segundos para que uma página mobile carregue.

• Verifique os dados estruturados

Os dados estruturados são como informações adicionais que você pode oferecer ao Google. Embora não sejam obrigatórias, essas informações ajudam o mecanismo a avaliar o seu ranqueamento.

É preciso configurá-los e testá-los, tanto para desktop quanto para mobile. Garanta que as URLs estão corretas e acessíveis. O próprio site do Google pode dar mais informações a esse respeito.

• Mantenha todo o conteúdo da versão desktop para o mobile

Antigamente, era uma prática muito comum diminuir o número de informações da versão desktop para o mobile. Basicamente, era como se a página móvel fosse uma porta de entrada, e o conteúdo mais completo ficava disponível apenas na versão para computador. Porém, com a nova indexação, isso pode afetar o ranqueamento por configurar perda de conteúdo.

Assim, é essencial você oferecer as mesmas informações nas duas versões. O que você pode alterar, caso as suas páginas sejam diferentes, é a forma como você vai transmitir esse conteúdo. Ele deve ser bem estruturado nas duas versões, capacitando o conteúdo visual e textual.