Duplo diamante: Entenda o que é e veja a importância do Design Thinking

Reading time: 12 minutes

A cada dia que passa a competitividade negocial atinge novos patamares. Empresas de todos os ramos tendem a procurar pelas maiores e melhores novidades e inovações para fazer de seu empreendimento o mais atualizado em técnicas possível. O design thinking nada mais é do que uma abordagem para gestão administrativa que incentiva a criação de soluções inovadoras e criativas dos colaboradores de uma companhia através de ferramentas como o Duplo Diamante. Já o “Duplo Diamante”, por sua vez, é como é conhecido um método para aplicação do design thinking, muito utilizado para resolução de problemas e para levar as empresas a realizarem diversos formatos de inovação nos mais diferentes setores. Essa metodologia “duplo diamante” é fácil de entender, o que a torna muito acessível de ser aplicada mercadologicamente, além de também se tratar de um método bastante visual – o que facilita a compreensão – esta facilidade em passar a técnica é o que faz dela uma das mais utilizadas no design thinking e um grande sucesso no mercado.

Você quer saber mais sobre como potencializar a gestão de negócios da sua empresa e capacitar seus colaboradores para solucionarem problemas e tomarem decisões criativas? Acompanhe este artigo e explicaremos melhor sobre como funciona o design thinking e a metodologia duplo diamante.

O que é duplo diamante?

Dentro da abordagem de design thinking, há diferentes métodos de aplicação. O método chamado de “Duplo Diamante” foi desenvolvido no ano de 2005 pelo Conselho de Design do Reino Unido e a princípio era somente utilizado por designers em áreas restritas. No entanto, com o tempo as pessoas foram percebendo que este processo é aplicável para inúmeras situações e áreas negociais diferentes, uma vez que o método foi criado para solucionar problemas através da inovação e criatividade. O chamado Duplo Diamante nada mais é que um diagrama formado por quatro triângulos conectados, esquematizados para parecerem com dois losangos que se tocam e retratam as quatro fases do processo de design thinking para levar um problema à inovação que o solucionará. A partir do método duplo diamante, as convergências e divergências que podem ocorrer no processo criativo são esquematizadas para serem processadas durante o desenvolvimento da técnica. Na teoria funciona desta forma, mas fica a dúvida na prática: como funciona o método de duplo diamante? Esse método possui um total de quatro fases, dentre estas fases o método possibilita que você identifique um determinado problema, desenvolva uma solução e, por fim, a análise.

Descoberta: a primeira parte é identificar o problema que deve ser solucionado – e esta é a etapa mais empática do processo, pois aqui é onde o profissional deve se colocar no lugar do cliente para entender quais são suas necessidades, para melhor atendê-las. Nesta etapa devem ser levantados dados, é importante realizar pesquisas com diversos clientes, pesquisas de mercado, grupos focais. E então, com todos os dados a mão, as equipes responsáveis pelos brainstorms os analisam e discutem em grupo as possíveis ideias que tenham tido a partir das informações levantadas.

Definição: durante o segundo passo do método Duplo Diamante, é necessário fazer uma análise geral de todas as ideias que surgirem no passo anterior com o brainstorm de sua equipe diversificada. A etapa da descoberta serve para conhecer as novas ideias e filtrá-las a partir de sua eficácia e aplicabilidade. É essencial neste passo alinhar as ideias com os objetivos da companhia e verificar se os problemas antes verificados podem ser solucionados.

Desenvolvimento: esta etapa é a que marca o início do segundo diamante neste método. A partir daqui as problemáticas trazidas até então começam a ser resolvidas com as inovações. Nesta etapa é importante que surjam protótipos e testes das soluções criadas para o problema indicado. Também é essencial verificar com os testes se as necessidades dos clientes serão sanadas.

Entrega: na última etapa da técnica de “Duplo Diamante” as soluções encontradas são novamente filtradas até que a melhor se sobressaia e permanece. A partir dessa fase serão criados os protótipos da solução escolhida e todos os preparativos para o lançamento da ideia começam a ser tomados. Esta etapa é tida como o teste final do projeto e a decisão da ideia final deve ser tomada em conjunto.

Através da utilização da técnica duplo diamante há garantia de que soluções inovadoras e criativas serão apresentadas, a partir do ponto de vista de áreas diferentes. Sendo assim, vale a pena aplicar o design thinking no seu empreendimento para ter sempre um diferencial do mercado e melhor aproveitar as mentes de seus colaboradores.

O que é design thinking?

O Design Thinking nada mais é que uma metodologia muito utilizada no mercado para oferecer serviços e produtos seguindo de acordo com a real necessidade dos clientes, olhando a partir de sua perspectiva. Esta técnica é cada vez mais usada na gestão de empreendimentos que tem como objetivo a curto, médio e longo prazo aperfeiçoar seus serviços de forma simplificada, rápida e com um planejamento adequado. O diferencial da técnica é que ela aproveita ensinamentos passados no ramo do design em outros campos, utilizando a forma de raciocínio de um designer, bem como seu potencial criativo e também a conexão com a clientela em todas as etapas do processo criativo. É importante salientar que esta é uma técnica inovadora no mercado, e mesmo os profissionais mais competentes e muito bem preparados podem ter problemas para realizar uma busca criativa de soluções para problemas aparentemente simples de um determinado empreendimento – e é aqui que entra o papel do design thinking: ajudando a trabalhar essa habilidade. Dessa forma, a primeira coisa a ser feita é entender as problemáticas do empreendimento para tentar realizar a implementação de um sistema que ajude os colaboradores a serem inovadores na idealização de soluções.

Este é o design thinking na teoria. Mas, na prática, como o design thinking funciona? Como o próprio nome traz, Design Thinking é um formato de abordagem de gestão criado dentro da área de design e que é adaptada para os mais diversos setores empresariais. O termo em si pode significar tanto “pensamento de design” ou mesmo “pensar como designer” que é na prática o que o método sugere. Esse método é capaz de criar as condições essenciais para possibilitar que um time de colaboradores tenha ideias que sejam de grande relevância e valor para a companhia e em seguida as coloque em prática. A técnica principal traz a proposta de que o processo criativo seja construído dentro de um formato colaborativo e coletivo, ou seja, com um grupo. Dentro deste grupo o ideal é que sejam reunidos todos os pontos de vistas e ideias que puderem ter, sem descartar até a mais absurda delas a princípio.

O Design Thinking também pode ser considerado como um conglomerado de processos de gestão ou uma série de práticas para melhoria de gestão, se tratando basicamente de um método que sugere uma nova perspectiva de resolução de problemas. O conceito é que se reúnam informações, realize-se sua análise em grupo, e se faça um brainstorm de ideias para achar as soluções mais adequadas. É importante considerar que o principal foco do design thinking é a empatia, ou seja, o foco principal do processo é a experiência da clientela. E aqui está o ponto chave desta abordagem: ela deve partir principalmente da solução e não focar totalmente no problema a princípio – como geralmente é feito nestas ocasiões. O desafio do exercício de design thinking é observar as oportunidades, desejos e necessidades da clientela e responder de forma criativa. Uma forma de incluir o design thinking nas práticas empresariais é inclui-lo na cultura de processos da empresa.

Outra maneira de colocar em prática é realizando a técnica sempre que houver uma elaboração novidades para os clientes, sejam serviços, produtos ou mesmo processos internos. Para desenvolver esta técnica é simples, basta criar o hábito de sempre fazer reuniões com pessoas de diferentes setores que possam ser úteis com ideias em uma determinada inovação e colocá-las para pensar em conjunto. A chamada “cultura organizacional” é essencial para a implementação do método na empresa, é preciso desenvolver uma cultura comunicativa entre os setores, e estas reuniões e cooperações entre equipes tem de se tornar algo comum.

Quais são os processos do design thinking?

A primeira coisa a ser feita antes de entrar nos processos em si, é separar as problemáticas a serem solucionadas. Pense como cliente, como ponta final do negócio e identifique dificuldades, problemas, oportunidades ou eventuais possíveis campos que possam ser melhorados e liste um por um. Depois de selecionar e formular uma pauta, classifique os problemas segundo sua importância para a companhia, identificando as áreas que estão ou podem estar envolvidas em cada item e suas respectivas soluções. Após classificar a pauta, é hora de selecionar uma equipe para participar da conferência – é importante que estas pessoas escolhidas sejam bem inteiradas de suas respectivas áreas e possam trazer conhecimento o bastante para contribuir com o processo criativo. Nesta etapa é importante também lembrar que a variedade de setores no momento de realizar a técnica de design thinking é muito positiva, pois traz pontos de vista diversos para a resolução de problemáticas.

Estas foram as etapas de preparação, agora vamos às etapas do design thinking em si. O primeiro passo é a compreensão mais absoluta possível do problema que deve ser solucionado. Depois disso é necessário realizar uma análise de possíveis soluções. Dentre as soluções trazidas à mesa, é preciso escolher a melhor alternativa, ou seja, a que mais se adapta a realidade da empresa e que melhor resolve o problema exposto. E ao fim é preciso planejar a aplicação prática da ideia selecionada. Desta forma, é possível dividir o processo de realização do design thinking em um total de 4 etapas, sendo elas: imersão, ideação, prototipação e desenvolvimento. É importante lembrar que o processo de realização do design thinking, desde a primeira etapa até a última deve buscar soluções inovadoras de forma não linear, ou seja, de forma não convencional. É preciso que haja descoberta de novos valores e significados para cada um dos projetos trabalhados, bem como serviços, produtos e processos interiores da empresa. O design thinking não se restringe a áreas diretamente ligadas ao consumidor final, também é possível a aplicação da técnica para setores como o jurídico e o financeiro objetivando soluções internas da empresa.

1. Imersão

A imersão é a primeira parte do design thinking, e ela começa com a compreensão do contexto e realidade da problemática empresarial pelos colaboradores selecionados. Durante esta parte do processo, é muito recomendado realizar uma análise SWOT ao identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da companhia ou dentre os aspectos selecionados. Também nessa etapa é importante verificar a avaliação dos clientes diante da companhia, além do desempenho das equipes, e uma avaliação geral do cenário interior e exterior que a empresa está inserida – partindo do macro para depois focar nas problemáticas previamente selecionadas.

2. Ideação

Após concluir a etapa de imersão, tendo rastreado e mapeado de forma organizada e visual os pontos específicos que precisam de solução, será a hora de colocar a equipe para fazer um brainstorming para dar ideias de como solucionar os problemas trazidos a palco. Todas as ideias nesta etapa são bem vindas, e é essencial que a equipe se sinta livre para liberar seus pensamentos à vontade sem medo de críticas. Também nesta etapa é interessante incluir dados de Big Data, aumentando a assertividade do processo.

3. Prototipagem

Após fazer um brainstorm com todas as ideias da equipe, solucionando todos os pontos de vista, é importante juntar o grupo e fazer uma peneira das ideias escolhendo racionalmente quais insights tem mais chances de sucesso ao serem postos em prática. Na hipótese de se tratar de produtos, esta fase é a ideal para criação e investimento em protótipos para analisar as funcionalidades práticas. Já caso as ideias sejam para serviços ou processos internos da empresa, uma exposição gráfica de dados é o ideal para se ter uma noção prática das consequências das ideias apresentadas.

4. Desenvolvimento

O desenvolvimento é a última etapa para conclusão do design thinking, esta é a parte na qual a ideia sai do campo do imaginário e é posta em prática. É importante para colocar em prática uma nova ideia que as equipes de comunicação, marketing e comercial estejam a postos para vender essa inovação e fazer desta solução algo conhecido. É essencial analisar de perto e verificar se a solução atendeu a clientela.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *